#15/2020 - A minha avó pede desculpa, Fredrik Backman
Editora: Porto Editora
Páginas: 336
Emprestado (Linda menina)
O COVID-19 tem tido consequências devastadoras! Uma delas o teletrabalho e, como dano colateral, arruinou o meu ritmo de leitura. Tenho lido pouco, muito pouco. Tenho vindo aqui pouco, muito pouco. No entanto, sabem o que é que se manteve inalterável? A vontade de comprar livros. Eis a questão que se impõe: serei eu uma amante de livros ou uma compradora de livros?
O último que li, em ritmo arrastado, quase disicplinadamente, foi este A minha avó pede desculpa, de fredrik Backman, autor de Britt- Marie esteve aqui.
Não sei se foi do momento que vivemos, de alguma falta de disponbilidade mental, mas o livro não foi para mim um AHHHHHHH, não foi não. É um livro bonito, ternurento - como não, se fala da relação de uma menina de sete, quase oito, anos e da sua relçaõ com uma avó muito especial e um bocadinho doida. Mas, em certos momentos, o autor perde-se, a narrativa é errática e, sinceramente, há ali pormenores que menos tinha sido mais. Ainda assim, não deixei de ler. Como curiosidade, a personagem de Britt-Marie entra neste livro já com alguns dos seu tiques.
Este é um romance de estreia e nota-se que a experiência aguça os talentos, porque o terceiro livro de Backman é muito mais consistente.
Agora o que tenho para vos dizer é que, mesmo assim, recomendo a leitura do livro. É bonito, a história tem algumas curiosidades que valem a pena. Não é aborrecido. Éticamente, a mensagem é enriquecedora. Agora falta-lhe a força literária que eu gosto de sentir nos livros. O fascínio da escrita, o vigor das frases, a surpresa, o deslumbre, a admiração perante um talento que eu invejo e que lamento não cultivar mais.
Leiam, ler nunca fez a ninguém... ou será que depende do que se lê? Vamos a ver o Dom Quixote...