E foi Natal...
As festas, quer dizer ainda só foi uma, mas ainda assim, as festas, dizia eu, são muito, muito absorventes e absorveram-me completamente nestes últimos dias.
Foi Natal. Pela segunda vez em muitos anos ofereceram-me livros. Talvez tenha forçado aqui um bocadinho a expressão. Na troca de presentes, houve livros. O primeiro ofereci-o a mim mesma. Foi difícil. Queria-o há muito tempo, comprei-o no dia 1 de dezembro, pedi para embrulhar e aguentei até ao dia 24 sem o abrir. Também me obriguei a isso, porque ando a ler pelo menos três livros ao mesmo tempo e não podia começar mais um. E o livro foi:
Stefánsson é um dos escritores de que mais gosto. Fica prometido um post sobre a trilogia que está publicada em Portugal. Tinha muita curiosidade sobre esta obra e agora já é minha.
Depois houve outro livro. Li uma recensão na revista Sábado sobre a publicação pela primeira vez em Portugal de um livro de Ralf Rothmann e, para não variar, também me pareceu interessante, em especial porque a obra é inspirada num episódio familiar relacionado com o avô do autor. A ação localiza-se nos finais da 2ª Guerra Mundial, quando se prenuncia a derrota do exército alemão, apesar disso, dois jovens são recrutados para as suas fileiras. Lida a recensão, não é que nesse sábado à noite passei por uma livraria e procurei o livro. Enquanto o folheava, o meu marido disse que era um livro que ele podia ler. Bastou isso. Pedi logo para o embrulharem e houve mais um livro debaixo da árvore. Ambos sabemos quem o vai ler. Fica prometido o post. E o livro é:
Por fim, houve mesmo um livro oferecido. Dizem as más línguas que é difícil oferecer-me livros. É assim que chegamos aqui. Pouca gente me oferece aquilo que eu mais gosto de receber, embora o diga em voz alta em todos os sorteios do amigo secreto. Não percebo. Mas este ano alguém resolveu arriscar. OBRIGADA! Porém, não resistiram a pedir o talão de troca. E o livro é:
LLosa é um escritor que acompanho há anos e de que gosto muito. Não de tudo nem da mesma maneira. Mas a verdade é que ele tem excelentes livros, posso citar O sonho do Celta, Pantaleão e as visitadoras, A tia júlia e o escrevedor, Conversa na catedral (MARAVILHOSO), Travessuras da menina má... Assim, este presente promete. Não se trata de um romance, mas sim de um conjunto ensaios.
Nesta história como na dos reis magos, que eram três, mas afinal eram quatro - não, não estou a falar da canção do Vasco Palmeirim, estou a referir-me a um livro, daqueles que se amam, mas que se perderam na vida, que é Gaspar, Belchior e Baltsar, de Michel Tournier - outro escritor que adoro. Estava eu a dizer que ainda há outro. Entretanto, com as comprinhas que fiz, havia 8 euros no meu cartão de cliente da Bertrand e havia o apelo de um outro livro, que não foi embrulhado, veio nu aqui para casa, sem embrulhos, sem saco sequer. E o livro é:
Este despertou-me a curiosidade, porque, desde que fui à Irlanda, país que amei assim que o avistei do avião e depois mais ainda, tenho procurado lá voltar através dos livros. A ação do livro remete para a violência que faz parte de muita da história da Irlanda.
É este o balanço do mês de Dezembro. Só vos posso dizer que a minha lista dos livros por ler aumentou consideravelmente. Se alguém já leu algum destes, agradeço os vossos comentários. Entretanto darei notícias.